Roma, capital do maior império da
Antiguidade, situa-se no centro da
Península Itálica. A Península Itálica
localiza-se na região central do Mar
Mediterrâneo, no sul do continente
europeu. A Itália limita-se ao norte com
os Alpes, ao sul com o Mediterrâneo, a
leste com o mar Adriático e a oeste com o
mar Tirreno.
A abundância de terras férteis e condições
climáticas favoráveis; clima quente e
seco, além de permitir a pastagem durante
todo o ano, a região favorecia a plantação
de cereais e de frutas.
A Península Itálica foi povoada por
diversos povos: italiotas, etruscos,
gregos e gauleses.
Os italiotas chegaram à Itália por volta
do II milênio a.C., fixaram-se na Itália
Central, subdividiam-se em diversos
grupos: latinos, volcos, équos, úmbrios,
sabinos, samnitas etc.
Os etruscos chegaram à Itália por volta do
século VIII a.C. Ocuparam inicialmente, a
região central da Itália. Depois,
aumentaram seus domínios conquistando
regiões desde o norte até a Campânia. Até
os dias atuais não se conhece sua origem e
nem se conseguiu decifrar sua escrita.
Sabe-se, no entanto, que sua economia era
baseada na agricultura, na indústria e no
comércio. Sua marinha era bem desenvolvida
e tinham o monopólio comercial da parte
norte do Mediterrâneo. Sua cultura
influenciou bastante os romanos.
Os gregos chegaram à Itália por volta do
século VIII a.C. Em seu movimento de
colonização, os gregos fundaram na parte
sul da Itália diversas cidades (Nápoles, Siracusa, Tarento etc.), conhecidas em seu
conjunto como Magna Grécia.
Os gauleses fixaram-se ao norte da
península, na região denominada Gália Cisalpina, nas ricas planícies do rio Pó.
A história política de Roma dividiu-se em
três grandes períodos: Monárquico,
Republicano e Imperial.
Período Monárquico (753
a.C.-509 a.C.)
O estudo deste período que durou quase
dois séculos e meio é baseado em pesquisas
arqueológicas e na interpretação das
lendas e tradições. Durante a monarquia
(ou realeza), Roma foi dominada por outros
povos que lá viviam como os etruscos, que
durante cerca de cem anos dominaram a
cidade, impondo-lhe seus reis.
Acredita-se que, durante a Monarquia, Roma
teve sete reis: Rômulo, Numa Pompílio,
Túlio Hostílio, Anco Márcio, Tarquínio, o
Antigo, Sérvio Túlio e Tarquínio, o
Soberbo.
Desses reis, os quatro primeiros eram italiotas, e os três últimos, etruscos.
Organização Econômica:
Durante o período monárquico, a
agricultura e a pecuária foram as
atividades que predominaram entre os
romanos para a obtenção de seus meios de
subsistência. O trigo, o azeite e o vinho
eram os produtos agrícolas mais
importantes. O gado, além de fornecer a
carne e os laticínios, era utilizado como
tração no arado.
A indústria e o comércio figuravam como
atividades secundárias. A indústria
doméstica (armas e utensílios) bastava
para as necessidades mais imediatas. O
comércio não chegou a dar origem a uma
classe profissional, uma vez que as
operações mercantis permaneceram nas mãos
dos grandes proprietários rurais.
Organização Social:
A sociedade romana dividia-se em camadas,
dispostas segundo os privilégios de
nascimento.
Patrícios: descendentes dos latinos,
fundadores da cidade de Roma. Composta
pela nobreza, que tinha suas bases
assentadas na grande propriedade rural (latifundium);
constituíam a camada dominante da
sociedade romana.
Clientes: eram homens livres que se
associavam aos patrícios prestando-lhes
diversos serviços pessoais, em troca de
auxílio econômico e proteção social.
Plebeus: pequenos proprietários,
comerciantes e estrangeiros que
constituíam a grande maioria da população
romana. Constituía-se de imigrantes
vindos, sobretudo, de regiões conquistadas
pelos romanos. A princípio, os plebeus não
tinham direitos de cidadão: não podiam
exercer cargos públicos, nem participar da
Assembléia Curial. Entretanto, lutando por
seus interesses, os plebeus foram
conquistando uma série de direitos e
privilégios reservados só aos patrícios.
Escravos: prisioneiros de guerra, em
número reduzido no período monárquico.
Trabalhavam nas mais diversas atividades,
como serviços domésticos e trabalhos
agrícolas. Desempenhavam as funções de
capatazes, professores, artesãos etc. O
escravo era considerado um mero bem
material, uma coisa subumana, uma
propriedade do senhor. Por isso, o senhor
tinha o direito de castigá-lo à vontade,
de vendê-lo, de alugar seus serviços, de
decidir sobre a sua vida ou morte.
Organização Política:
Durante muito tempo, a monarquia esteve
sob controle dos patrícios.
Rei: a autoridade suprema. Era o chefe
militar e religioso e juiz. Era
fiscalizado pela Assembléia Curial e o
Senado.
Senado: conselho formado por velhos
cidadãos, responsáveis pela chefia das
grandes famílias (gens). As principais
funções do Senado eram: propor novas leis
e fiscalizar a ação do rei. Formado nos
primeiros tempos, por trezentos velhos
chefes de famílias patrícias escolhidos
pelo rei.
Assembléia Curial: compunha-se de cidadãos
que estavam agrupados em cúrias (conjunto
de dez clãs ou gens). Seus membros eram
soldados em condições de servir o
exército. A Assembléia tinha como
principais funções: eleger altos
funcionários, aprovar ou rejeitar leis,
aclamar o rei etc.
A aproximação dos reis etruscos com a
camada plebéia levou os patrícios a
deporem o rei etrusco Tarquínio, o
Soberbo, dando fim à monarquia e
instituindo a
República em Roma.
Data: 17/01/2011
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