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História Geral |
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Os Jogos Olímpicos |
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I - Os Jogos Olímpicos na
Antiguidade
As Olimpíadas nasceram na Grécia Antiga, por volta de 2500 a.C. Os jogos
pan-helênicos, eram um festival religioso em homenagem à Zeus, o mais
importante dos deuses gregos, realizado na cidade de Olímpia localizada ao
norte do Peloponeso, daí o termo Olimpíada. Esses jogos ocorriam de quatro em
quatro anos e passaram a ser registrados a partir de 776 a.C.
A Grécia Antiga não formava uma unidade política, era composta de várias
cidades-estado autônomas. Cada cidade-estado grega tinha seu próprio sistema
de governo, suas leis e seus próprios costumes. O sentido de unidade se dava
no plano cultural: a religião e seus deuses eram os mesmos, assim como o
idioma grego.
As Olimpíadas atraíam homens de todo o mundo grego, inclusive helenos da Ásia
e da África. Os peregrinos acampavam ao ar livre, durante o evento.
Cerca de um mês antes do início dos Jogos os competidores começavam a chegar a
Olímpia onde passavam por um treinamento físico, moral e espiritual sob a
supervisão dos juízes. As Olimpíadas na Grécia Antiga duravam uma semana,
tinham um caráter amadorístico e os atletas competiam nus.
Durante os jogos, proclamava-se a trégua sagrada (as guerras eram
interrompidas e nenhum peregrino poderia ser atacado). Quem violasse a trégua
sagrada era severamente castigado.
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Nas primeiras Olimpíadas, havia apenas uma competição, a corrida a pé.
Depois, foram sendo acrescentados outros esportes; o pentatlo (corrida, luta,
lançamento de dardo, de disco e salto), o boxe e a corrida de bigas. |
Discóbolo
de Míron (século V a.C.) |
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Os vencedores ganhavam uma palma e, depois, a coroa feita com ramos cortados
da oliveira sagrada com um cutelo de ouro. Os atletas vencedores eram
recebidos como heróis, e passavam a ter muitos privilégios na sociedade grega,
como a isenção no pagamento de impostos e o direito de ocupar o primeiro lugar
nas festas e jogos. Em Esparta os vencedores recebiam a maior recompensa que a
cidade oferecia a um filho seu: o privilégio de combater na guerra na primeira
linha, ao lado do rei.
Os Jogos Olímpicos tinham tal importância para os gregos que a era (marcação
do tempo), contava-se por Olimpíadas, isto é, de quatro em quatro anos.
Com o tempo, outras provas foram incorporadas, e o caráter das olimpíadas
também foi mudando. Homens ricos da época começaram a manter atletas
profissionais e o aspecto religioso foi sendo esquecido. Mas, a grande mudança
ocorreu depois que os romanos conquistaram a Grécia no século II a.C. Na época
do Imperador Nero, no lugar de cidadãos livres, escravos passaram a competir
por suas vidas contra animais selvagens.
Com o domínio romano na Grécia, as Olimpíadas foram perdendo importância e em
392, o imperador romano Teodósio I, convertido ao cristianismo, proíbe todas
as festas pagãs, inclusive as Olimpíadas.
II - Os Jogos Olímpicos
Modernos
Só 1500 anos depois no século XIX, as
Olimpíadas voltaram a acontecer, com o nome
de Jogos Olímpicos Modernos. Por iniciativa
do francês Pierre de Frédy,
barão de Coubertin, foi criado em 1894 o Comitê Olímpico Internacional e em
1896 foi realizado os Jogos Olímpicos de Atenas. A partir daí, o direito
de organizar uma Olimpíada é concedido a uma cidade diferente a cada quatro
anos. Ficou estabelecido que não poderia haver qualquer tipo de discriminação
(racial, política ou religiosa), pois todos deveriam competir em igualdade de
condições.
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A própria bandeira olímpica
representa essa união de povos e raças, pois é formada
por cinco anéis entrelaçados, representando os cinco
continentes e suas cores (azul, Europa; amarelo, Ásia;
preto, África; verde, Oceania; vermelho, América). A
paz, a amizade e o bom relacionamento entre os povos são
os princípios dos jogos olímpicos.
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Na Olimpíada de 1896, participaram 13 países em provas de atletismo, luta
livre, ginástica, esgrima, ciclismo, halterofilismo, natação e tênis. Os
atletas vencedores foram premiados com medalhas de ouro e um ramo de oliveira.
Os Jogos Olímpicos Modernos só foram interrompidos durante as duas guerras
mundiais.
Assim que termina uma Olimpíada, os atletas recomeçam os treinos, já pensando
nos jogos seguintes. Porém, em função da importância dos Jogos Olímpicos o
evento, muitas vezes se transforma em palco de manifestações políticas e de
boicotes. Num mundo tão marcado por rivalidades e conflitos, nem sempre são
respeitadas as regras do jogo. Por exemplo: em 1936 nas Olimpíadas de Berlim,
Hitler não participou da premiação de Jesse Owens, atleta norte-americano
negro, ganhador de quatro medalhas de ouro. Nas Olimpíadas de Munique, em
1972, 11 atletas da delegação israelense foram mortos num atentado do grupo
terrorista palestino Setembro Negro.
Em 1980, os Estados Unidos e vários outros países deixaram de participar dos
Jogos Olímpicos de Moscou, protestando contra a invasão do Afeganistão por
tropas soviéticas, ocorridas em 1979. Nas Olimpíadas de Los Angeles em 1994,
foi a ex-URSS que boicotou os Jogos, alegando falta de segurança para a
delegação de atletas soviéticos.
A partir deste fato, todos os Jogo Olímpicos ganharam uma preocupação com a
segurança dos atletas e dos envolvidos nos jogos.
Afinal, hoje o desafio é bem maior; atualmente são milhares de atletas
competindo em 31 esportes, cada um subdividido em várias modalidades:
atletismo, basquete, boxe, canoagem, ciclismo, esgrima, futebol, ginástica,
halterofilismo, hipismo, hóquei na grama, iatismo, judô, luta, natação
(incluindo o pólo aquático e os saltos ornamentais), pentatlo moderno (série
de cinco esportes), remo, tiro e voleibol.
01/08/08
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Fontes consultadas:
BIASOLI, Vitor. O Mundo Grego. São
Paulo:FTD, 1995.
GODOY,
LAURET. Os Jogos Olímpicos na Grécia Antiga. Nova Alexandria: São Paulo, 2001.
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