Povo guerreiro, os astecas aperfeiçoaram
sua organização militar e em aliança com
os povos de Texcoco e Tlacopán,
conquistaram outros povos da região,
formando uma Confederação. Em 1428, já
formavam um império que ocupava a região
do México atual, do Atlântico ao Pacífico,
com 38 províncias e cerca de 500 cidades.
Por volta de 1440, no início do governo de Montezuma I, estima-se que cerca de 15 milhões
habitavam o império. No século XVI, a capital
do Império, Tenochtitlán era uma das maiores
cidades do mundo, e também um grande centro
cultural e econômico, com templos, palácios,
mercados, monumentos artísticos, ruas bem
traçadas, praças e canais de irrigação.
No início a sociedade asteca era igualitária,
não havia a propriedade privada da terra, mas,
no final do século XV, devido às guerras e
conquistas de outros povos, os governantes
foram acumulando poderes cada vez maiores.
Cobravam tributos em espécies (alimentos,
armas, tecidos e outros objetos), exploravam a
mão de obra dos povos dominados para o
trabalho na agricultura.
O poder político estava concentrado na figura
do imperador (o tlatoani) que vivia em
Tenochtitlán. O imperador comandava o
exército, chefiava o Conselho Supremo e
controlava os estoques de alimentos para
distribuir à população em épocas de
escassez. O cargo não era hereditário, o
governante era eleito entre os membros da
elite e sempre de uma mesma família.
A Economia Asteca
A
economia asteca era baseada na agricultura e a
propriedade da terra pertencia ao Estado.
Cultivavam milho, tabaco, feijão, pimenta,
tomate, cacau, baunilha, algodão, abóbora,
melão, etc. do cacau extraíam uma bebida forte
chamada xocoalt.
Os astecas desenvolveram e aperfeiçoaram as
técnicas de produção, uso de adubos, a
construção de barragens e canais de irrigação
e a construção das chinampas (jardins
flutuantes), para obterem maior área de
plantio.
O comércio era outra atividade importante e bem
desenvolvida, os mercados eram abastecidos de
tecidos, roupas prontas, utensílios
domésticos, móveis, peles, objetos de cerâmica
e muitos outros produtos. As transações
comerciais eram feitas por meio de trocas e em
alguns casos os grãos de cacau eram usados
como moeda.
No artesanato, habilidosos artesãos
confeccionavam peças de ourivesaria e de arte
plumária, tecelões, confeccionavam tecidos com
fibras vegetais, além de pintores e
escultores.
A sociedade Asteca
A sociedade asteca era formada por camadas bem
distintas. Na camada mais alta estava a nobreza: o
imperador (tlatoani) e sua família, os
sacerdotes e os chefes guerreiros.
O imperador detinha poderes absolutos sobre a
sociedade e contava com um conselho formado
por chefes militares que o auxiliavam nas
decisões políticas.
Os guerreiros ocupavam uma posição social
privilegiada. Embora não recebessem pagamento,
quando se sobressaíam, recebiam prêmios, como
roupas, terras e escravos.
Os sacerdotes eram encarregados dos cultos,
dos sacrifícios e colaboravam na
administração do Estado. Escolhiam o dia para
começar as batalhas e interpretavam os sinais
dos céus.
Na camada intermediária: estavam os artesãos
de elite e comerciantes (os pochtecas).
A base da sociedade asteca era formada pelos
camponeses; a maioria da população que pagava
pesados tributos ao Estado e cultivavam as
terras que garantiam o sustento do império.
Por último, os escravos: prisioneiros de
guerra, condenados pela justiça, desertores do
exército, ou aqueles que não conseguissem
pagar suas dívidas.
Religião e Cultura
Os astecas eram politeístas. Seus principais
deuses eram: Quetzalcoált, deus do vento, a
serpente emplumada, que representava a
sabedoria e o conhecimento. Huitzilopochtli:
deus da Guerra e do Sol. Em sua honra os
astecas construíram a principal pirâmide de
Tenochtitlán e em sua homenagem ofereciam o
coração de um guerreiro sacrificado. Tlaloc:
deus da chuva e dos fenômenos reluzentes.
Crianças eram sacrificadas em sua homenagem. O
calendário, o trabalho, a educação, a ética, o
lazer, o Estado eram orientados por preceitos
religiosos.
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A conquista do Império Asteca
No início do século XVI, a Espanha organizou
várias expedições para o reconhecimento e
dominação das terras continentais. A mais
importante delas foi comandada por Hernán
Cortés, em 1519, que conquistou o Império
Asteca. Cortez partiu de Cuba chefiando uma
expedição com 11 navios de guerra, cem
marinheiros, 600 soldados, dez canhões e 16
cavalos. Foram recebidos com
cordialidade por
Montezuma II,
Imperador Asteca, pois, de início os astecas
acreditaram que os espanhóis eram enviados dos
deuses. Porém, os
espanhóis, com suas armas de fogo e cavalos,
desconhecidos dos nativos, levaram ampla
vantagem. Contaram com o apoio de muitos
indígenas dominados pelos astecas descontentes
com os pagamentos de tributos ao imperador.
Em novembro do mesmo ano, a expedição
espanhola chegou à cidade de Tenochtitlán.
Montezuma II foi preso pelos espanhóis, que o
obrigaram a reconhecer o rei espanhol como
soberano do México e a mostrar os mapas das
terras e os registros dos impostos.
Violentas lutas foram travadas entre os
espanhóis e os astecas. Cortés ordenou que
fosse envenenada a água que servia Tenochtitlán e cercou a cidade para que
ninguém saísse e nenhuma ajuda entrasse. Após
seis meses de batalhas, sitiada, sem água e
sem alimentos, a cidade de Tenochtitlán foi
completamente arrasada em 13 de agosto de
1521.
21/03/2012
Fontes
consultadas:
.Peregalli, Enrique.
A América que os europeus encontraram. São Paulo, 27ª edição, Ed. Atual, 2004.
.Soustelle, Jacques.
A Civilização Asteca. Rio de Janeiro, Zahar Editor, 1987.
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