Durante
a ocupação holandesa, Olinda,
capital de Pernambuco, era habitada
por poderosos proprietários de
terras, sendo uma cidade próspera.
Com a expulsão dos holandeses, a
produção açucareira, que era mantida
pela Companhia das Índias Orientais,
migrou para as Antilhas (América
Central).
Com a decadência da atividade
açucareira no nordeste, muitos
senhores de engenho faliram.
Tentando sanar seu problema
econômico, eles pediram dinheiro
emprestado aos comerciantes
portugueses de Recife, os mascates,
porém não conseguiram pagar suas
dívidas.
Para os mascates, a única forma de
recuperar o dinheiro emprestado
seria tomar as propriedades e os
escravos dos devedores. Era uma
tarefa difícil, pois tal medida
dependia da aprovação da Câmara
Municipal de Olinda, que era
controlada por proprietários de
terra.
Os comerciantes não podiam concorrer
às eleições para a Câmara, pois não
eram considerados "homens bons"
(título da nobreza de Portugal). Com
o apoio de autoridades portuguesas,
os mascates conseguiram participar
das eleições municipais.
Os donos de grandes propriedades
manipularam as eleições impedindo
uma possível vitória dos recifenses,
que apelaram para as autoridades
portuguesas e conseguiram a elevação
de Recife à condição de vila em
1710.
Como vila, Recife teria sua
própria câmara municipal. Os
moradores de Olinda entraram em
conflito com os recifenses,
questionando os limites entre os
dois municípios; estes conflitos,
armados, estenderam-se até 1714.
Recife confirmou sua condição de
vila e tornou-se a capital da
capitania de Pernambuco.
20/07/05
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