Esparta, localizada na península do Peloponeso, foi fundada
pelos dórios, que conseguiram dominar os aqueus e apossaram-se de suas
terras.
Os espartanos obedeciam a uma rigorosa disciplinar militar,
pois sua cultura era baseada na manutenção do poder pelas armas.
A sociedade espartana dividia-se em:
Esparciatas (ou espartanos): descendentes dos dórios,
possuíam direitos políticos;
Periecos: viviam na periferia da cidade.
Descendentes dos aqueus, dedicavam-se ao comércio e
ao artesanato. Eram livres, porém sem direitos políticos;
Hilotas: compunham a maior parte da população,
descendiam dos povos conquistados, principalmente dos messênios,
eram escravos do Estado e cultivavam as terras dos espartanos.
A sociedade espartana era predominantemente guerreira. As razões
se devem à necessidade de defesa de uma região fértil, numa península de solo
árido, e as constantes ameaças dos escravos, que poderiam
revoltar-se contra os espartanos.
De acordo com a tradição, o número de hilotas
deveria ser cerca de seis vezes maior que o de espartanos. Quando essa
proporção aumentava, os jovens espartanos promoviam a cripta, que consistia
em invadir aldeias durante uma madrugada e matar o maior número de hilotas possível, sendo esta uma prova de coragem para os
jovens tornarem-se cidadãos.
O governo seguia a Constituição de Esparta, criada pelo
legislador Licurgo, personagem de origem lendária, que teria vivido no século
IX a.C.
Alguns pesquisadores acreditam que essa Constituição foi obra
de gerações de espartanos, adaptada a interesses pessoais.
A Constituição dividia o governo nos seguintes
órgãos:
Diarquia: dois reis hereditários, de famílias
diferentes, decidiam sobre questões militares e religiosas;
Gerúsia: conselho de anciãos, com 28 membros
vitalícios, com mais de 60 anos, e os dois reis. Esses conselheiros, os gerontes, decidiam sobre política externa e julgavam
crimes.
Apela:
assembléia de
cidadãos espartanos, com no mínimo 30 anos, que votavam sem emenda ou
discussão as propostas da Gerúsia; seu voto podia
ser anulado pelos gerontes.
Eforato: grupo de cinco éforos,
eleitos pela Apela. O eforato fiscalizava os reis,
a administração e a economia da cidade, inclusive podendo contrariar leis
antigas, sendo o órgão mais poderoso de Esparta.
25/06/05
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