Um grande rio como o Nilo só pode ser aproveitado de forma
ampla se houver o esforço coletivo para o tratamento rápido do solo para o
plantio e a construção de canais de irrigação.
O historiador grego Heródoto chamava o Egito de
“Dádiva do Nilo”.
A história do Egito pode ser dividida em Período Pré-Dinástico,
com início em 4000 a.C.
e término em 3200 a.C., e Período Dinástico, que termina com a invasão dos
persas.
Durante milhares de
anos, os povos que ocuparam o vale do Nilo fixaram-se em aldeias. As aldeias
agrupavam-se em unidades de administração independentes, chamadas nomos. O único chefe, líder político, militar e juiz
era conhecido como
nomarca. Eventualmente, os nomos
reuniam-se para atender a uma necessidade em comum, geralmente tarefas de
interesse coletivo, como obras junto ao rio Nilo.
Com o crescimento da população, os
nomos
passaram a guerrear entre si pelas melhores terras. Ao final destes conflitos,
que duraram séculos, formaram-se dois reinos, o Baixo Egito e o Alto Egito. Em
3200 a.C., o rei Menés, do Alto Egito,
conquistou o Baixo Egito, formando um único reino, tornando-se o primeiro
faraó.
Dinastia egípcia
Com a junção dos dois reinos, o faraó passa a usar uma coroa
dupla, branca e vermelha, cores de cada um dos antigos reinos, e portava um
cetro, símbolo do poder.
O faraó possuía várias esposas, geralmente parentes, mas apenas
a primeira mulher recebia o título de rainha.
O Estado egípcio era baseado na teocracia, um governo em que a
classe sacerdotal detém o poder político. A religião, portanto, era muito
importante e o faraó era considerado um deus.
O respeito pela divindade do faraó mantinha o Egito unido. A
partir do faraó, a vida egípcia era dividida em uma hierarquia social:
Nobres: parentes do faraó, comandantes do exército e
nomarcas, que passaram a ser, após a unificação, chefes locais da
administração.
Sacerdotes:
altamente
prestigiados pela população, diziam ter intimidade com os deuses. Além de seus
conhecimentos, possuíam riquezas, pois eram intermediários no processo de
doação às divindades.
Escribas: jovens que recebiam instruções nas escolas do palácio,
aprendendo os detalhes da leitura e escrita de hieróglifos. Tinham também
conhecimentos de aritmética, cuidavam dos trabalhos administrativos e da
coleta de impostos. Eram imprescindíveis ao governo do faraó.
Soldados:pouco prestigiados pela população, viviam dos produtos recebidos
com os saques em guerras. No exército egípcio, os soldados estrangeiros
recebiam um pedaço de terra por seus serviços.
Camponeses e artesãos: a base da sociedade egípcia era a atividade agrícola e o
trabalho de marceneiros, pintores, escultores, tecelões e ourives.
Todos trabalhavam para o faraó e sua nobreza, recebendo como
pagamento parte da produção.
Como acreditavam na vida após a morte, guardavam parte de seus
proventos para o próprio funeral, não se importando em ter uma vida humilde.
Escravos: prisioneiros de guerra, que trabalhavam em serviços pesados, por
exemplo, na construção de templos, palácios e pirâmides. Em geral, eram bem
tratados pelos egípcios em comparação ao que outros povos faziam com os
escravos.
O
Antigo Império (3200-2200 a.C.)
A fase de maior
prosperidade do Antigo Império foi em 2800 a.C. Mênfis
tornou-se a capital do império e foram construídas as famosas pirâmides de Gizé, dedicadas aos faraós Quéops,
Quefrén
e Miquerinos.
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