De
caráter eminentemente prático, as descobertas científicas dos egípcios
direcionavam-se para a Matemática e Geometria. Desenvolveram técnicas usadas
para demarcar as propriedades, além de medir áreas de triângulos, retângulos,
hexágonos e o volume de cilindros e pirâmides.
A organização de um calendário foi necessária para determinar o início da
cheia e das vazantes do rio Nilo. Pelo calendário egípcio, o ano era dividido
em 365 dias e havia três estações: cheia, inverno e verão.
Na medicina, os egípcios conheciam varas doenças, praticavam operações, sabiam
a importância do coração para a vida animal e conheciam a circulação
sanguínea.
A
escrita hieroglífica era sagrada, representada por pequenas figuras que
formavam um texto. Os desenhos evoluíram para a escrita hierática, mais
simples, culminando na escrita demótica, mais
popular e usada pelos escribas.
Religião
A
religião egípcia baseava-se no politeísmo, com deuses em forma de animais (zoomorfismo) ou um misto de homem e animal (antropozoomorfismo). Geralmente,
os animais de uma determinada região eram seus protetores: falcões,
hipopótamos, crocodilos, leões, chacais protegiam, desde o período
pré-dinástico, os diversos nomos. Rá era considerado o criador do universo. Amon era o
protetor dos tebanos. Quando a capital do império
passou a ser Tebas, os dois deuses tornaram-se um só,
Amon-Rá.
Havia também
Ísis, Anúbis, Thot e Osíris, entre outros. Acreditava-se
que, após a
morte, a alma comparecia ao tribunal de Osíris para julgamento de seus atos
em vida. Inocentada, a alma poderia voltar a ocupar seu corpo se o mesmo
tivesse condições de recebê-la, daí a preocupação com a mumificação dos cadáveres.
Junto ao morto eram colocadas oferendas em forma de alimentos,
jóias e armas para utilização no além. Também eram depositados textos com as
qualidades do morto, destinados à análise de Osíris, advogando sua absolvição.
Esses textos seriam incorporados ao Livro dos Mortos.
Por volta do século XIV a.C., o faraó Amenófis IV decidiu fazer uma reforma radical na religião,
implantando a monolatria, ou seja, o culto oficial a um só deus, Aton. Suprimiu o culto aos diversos deuses e se
autodenominou Akhenaton (filho do Sol). Alguns historiadores
grafam seu nome como Ikhmaton (Aton
está satisfeito).
Após sua morte, seu sucessor Tutancâmon
restabeleceu o politeísmo e o prestígio dos sacerdotes.
A reforma de Amenófis não agradou ao
povo, porém conseguiu uma centralização temporária do poder religioso.
10/06/05